Eu sou um estranho navio
ausente de assim ter nascido
um ausente partido
coração entranhado no mar
Toco em todas as terras
em centímetros de perguntas
que lançadas, voltam
e, a indagar, passam o resto da vida
Sou um estranho navio
que, distante
se mostra em brilho
e, constante
se perde intenso em delírio
Um estranho e pesado
navio de guerra
por vezes jangada
e, no amor, um delicado cruzeiro
Um navio apenas
indefinido por ser impróprio
apaixonado pelo oceano
em que, naufragando
se refaz a cada instante
sexta-feira, 30 de abril de 2010
quinta-feira, 22 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
E quem se importa?
Há uma destruição intermitente entre o sangue que sai de minhas gengivas e as palavras que escrevo todos os dias. Há uma desconstrução covarde entre o que digo e o que ouço, a cada instante, eu passageira das horas azuis, eu esperança desesperada. Há uma reescritura de uma história ao avesso, trapaça instantânea que cai na mesmice. Quer saber?... minha alquimia é real! Não interessa o entendimento, isso daqui é vida!
Eu já deveria saber.
Eu já deveria saber.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Eu digo amor
e meus lábios se entregam em febre e reticências. Antes a palavra escrita ante o desespero de não ser. Sempre espero alguma coisa além e sempre me perco nos ilimitados detalhes das texturas incandescentes. O fogo. Eu digo amor. Desta vez grito para que o sangue corra rápido, para que o medo estremeça e para que meu rosto assuma nova cor. Eu sempre digo amor. É que me repito em parágrafos infinitos, me suplico para que eu pare e não atendo meus pedidos. Ah!... eu digo amor! Eu digo e não funciona, minhas pernas somem e eu morro quando a alma abandona, o vento me carrega e é quase sempre o espírito. Eu digo amor, eu digo.
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