Não me espera
senta lá fora e fica
olhando o céu
um Órion atravessado
na retina
enquanto Plêiades dançam
carinhosas.
Pode ficar aí
sem pressa
eu não volto meu bem
não me espera
o sabor da vida
é não saber
como manter
as feridas abertas.
Qualquer dia desses
eu passo por aqui
apareço em riso.
O desespero é meu
compromisso
e por causa disso
eu imploro,
como quem nada quer,
o meu simples desejo:
não me espera.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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2 comentários:
Belíssimo!
Mexeu aqui:
"[...]
o sabor da vida
é não saber
como manter
as feridas abertas.
[...]"
Penso, não me espera, diz.espera.ação nas entrelinhas do horizonte...
:D
uma palavra: belíssimo
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