Eles dançavam as canções mais piegas, os delírios mais insanos e as horas ambiciosas. Dançavam sempre que podiam, quando não deviam... Dançavam!
Ela sempre escorregava pelos braços dele: braços feitos em abraços, em afagos, treinados para segurar cada louca indecisão, cada pequena alteração.
Ele rodopiava em insegurança, não tinha onde segurar, os cabelos escorregavam, a cintura afinava, ela sempre escapava.
Viveram numa ciranda, talvez círculo incompreendido, baile sinuoso, olhos em mentiras.
Viveram em promessas extensas, planos de fumaça.
...
Quem sabe o que há de ser depois de outros bailes, outras danças.
Quem sabe o que não pode se resumir traga a força de um sorriso novo.
Quem sabe cala e prossegue.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
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2 comentários:
muito bom lhe ler,
beijos,
Que a força das palavras sejam o bastante para enfrentar um simples "Cale-se".
Adorei seu texto. É a primeira vez que venho ao seu blog e confesso que foi uma experiência incrível!
Abraços e flores.
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