terça-feira, 30 de setembro de 2008

A parte esperando o todo

Depois de muito tempo lhe rasgaram os olhos na face lisa. Olhos rasgados, era seu apelido mais charmoso, tinha os dois maravilhosos e expressivos olhos rasgados.
Nunca mais... era a expressão preferida quando de qualquer conversa perdia a razão, ou se perdia na emoção, apelos e mais apelos de 'nunca mais' chantagistas. Nunca mais funcionaram tais artimanhas tão infância.
Se deliciava em observar calada as pessoas e seus momentos relaxados, a hora em que escapavam os gritos, as vozes mais agudas, os olhares que exigiam mais. Amava ouvir estas mesmas pessoas em seus ensinamentos, um divertimento à parte a humilhação carinhosamente escondida em belas palavras.
Olhos rasgados que tudo podiam ver, inclusive quando outros lhe agiam de truques baratos, uns queriam se esconder, outros queriam escondê-la... só não entendia da aceitação, onde as pessoas encontram seus moldes? Em si mesmas?
Divagando em passos extensos: sua história é apenas um trecho.

domingo, 21 de setembro de 2008

Milagres banais

Ontem a Lua veio dormir comigo.
Como um grito surdo ela invadiu meu quarto.
É cheia de dor essa luz fria, mas me acalanta o sono.

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Foi tudo no mesmo dia em que fiz amor ouvindo cantiga de ciranda.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Ela disse " tchau!"
e eu perdi meu avião...

(Arianne Pirajá!)