sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eu sou um estranho navio
ausente de assim ter nascido
um ausente partido
coração entranhado no mar

Toco em todas as terras
em centímetros de perguntas
que lançadas, voltam
e, a indagar, passam o resto da vida

Sou um estranho navio
que, distante
se mostra em brilho
e, constante
se perde intenso em delírio

Um estranho e pesado
navio de guerra
por vezes jangada
e, no amor, um delicado cruzeiro

Um navio apenas
indefinido por ser impróprio
apaixonado pelo oceano
em que, naufragando
se refaz a cada instante

quinta-feira, 22 de abril de 2010

4º encontro Academia Onírica



Vamos?
Noite Paulo Leminski
Guitarras
poesia...

Só 2 singelos reais de entrada. Eu sei que tu tem...

terça-feira, 20 de abril de 2010

E quem se importa?

Há uma destruição intermitente entre o sangue que sai de minhas gengivas e as palavras que escrevo todos os dias. Há uma desconstrução covarde entre o que digo e o que ouço, a cada instante, eu passageira das horas azuis, eu esperança desesperada. Há uma reescritura de uma história ao avesso, trapaça instantânea que cai na mesmice. Quer saber?... minha alquimia é real! Não interessa o entendimento, isso daqui é vida!

Eu já deveria saber.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Eu digo amor

e meus lábios se entregam em febre e reticências. Antes a palavra escrita ante o desespero de não ser. Sempre espero alguma coisa além e sempre me perco nos ilimitados detalhes das texturas incandescentes. O fogo. Eu digo amor. Desta vez grito para que o sangue corra rápido, para que o medo estremeça e para que meu rosto assuma nova cor. Eu sempre digo amor. É que me repito em parágrafos infinitos, me suplico para que eu pare e não atendo meus pedidos. Ah!... eu digo amor! Eu digo e não funciona, minhas pernas somem e eu morro quando a alma abandona, o vento me carrega e é quase sempre o espírito. Eu digo amor, eu digo.