Dessas muitas faces que me aparecem
encontro sempre o aconchego
de luzes infinitas
piscando no fundo de teus olhos
molhados.
Seria palimpsesto a ser desvendado?
Ou o véu que te inebria
é convite desnecessário
para pulo abissal?
Não há atrevimento que responda
nem domínio
que minha escassa ciência permita explicar.
Somos apenas o mais puro e catastrófico
conceito de falésia.
domingo, 19 de abril de 2009
quinta-feira, 16 de abril de 2009
terça-feira, 14 de abril de 2009
Mais ou menos assim...
Hoje não há lirismo. Só o gosto do sangue na boca e a valentia me acompanhando.
Hoje não há espaço para lirismo. Só a vontade pulsando em todos os poros dilatados.
Hoje só há o calor, e a morte espreitando a clarear fios nas cabeças dos humanos.
Hoje não há espaço para lirismo. Só a vontade pulsando em todos os poros dilatados.
Hoje só há o calor, e a morte espreitando a clarear fios nas cabeças dos humanos.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
O divagar da oficina
Se eu dissesse que vivo em intensidade
e não me contento com mediocridade
diriam que minto
sou poesia medíocre.
Se eu disser que não é medíocre
e que me liberto em êxtase
e perco até o foco
diriam que ainda assim
não cheguei ao ponto certo.
E aí se eu responder
que não acredito em poesia
sem ter sido vivida
lá dirão que não vivi
e sobre nada poetiso
sobre nada eu sei
e sei muito nada
e derramo nada em toda parte
num gesto extremo de liberdade
em paranóia autêntica e comum
comum às almas todas que vagam em desespero
sempre com uma falha no canto do olho
aquele canto que nunca fica parado.
Fica pairando.
e não me contento com mediocridade
diriam que minto
sou poesia medíocre.
Se eu disser que não é medíocre
e que me liberto em êxtase
e perco até o foco
diriam que ainda assim
não cheguei ao ponto certo.
E aí se eu responder
que não acredito em poesia
sem ter sido vivida
lá dirão que não vivi
e sobre nada poetiso
sobre nada eu sei
e sei muito nada
e derramo nada em toda parte
num gesto extremo de liberdade
em paranóia autêntica e comum
comum às almas todas que vagam em desespero
sempre com uma falha no canto do olho
aquele canto que nunca fica parado.
Fica pairando.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
"Diversonagem"
Aqueles que se jogam no precipício esperando serem salvos por uma rede invisível, são os mesmos que escrevem poesia sem tê-la vivido e acham medíocre o falar sobre amor.
Eu também escrevo para me ver livre.
Assinar:
Postagens (Atom)