Meu nome é Laís. Sou viciada em tristeza. Pelo menos uma vez ao mês saboto minha existência inteira, caio em um poço escuríssimo. Meu auge de prazer é soluçar em pranto exagerado: agressões gratuitas às pessoas que amo, jogo sonhos janela afora, grito aos quatro ventos as desgraças do mundo. Depois do pico da crise me sento totalmente sem forças, realizada de ser a criatura mais triste do universo.
No dia seguinte me levanto como uma pessoa normal, com os sonhos armados, um longo caminho pela frente (não fosse a ressaca moral, tudo estaria perfeito). Peço desculpas, procuro entrar no controle de sempre, e caminho ereta. Fora de meu vício ridículo.
Repulsiva.
No dia seguinte me levanto como uma pessoa normal, com os sonhos armados, um longo caminho pela frente (não fosse a ressaca moral, tudo estaria perfeito). Peço desculpas, procuro entrar no controle de sempre, e caminho ereta. Fora de meu vício ridículo.
Repulsiva.