domingo, 28 de junho de 2009

Da poesia na vida

Bobeira de domingo, resolvi escrever algo para descongestionar o juízo. Estava lendo Ana Cristina César e ruminando idéias poéticas, mais ainda, revivendo minha história com a poesia. Sempre vi simplicidade na poesia, até nas mais complexas, sempre li poesia, desde que me entendo por leitora ( isso vem lá dos 10 anos de idade). Aos onze anos ganhei um concurso de poesia na escola, o título do poema era O mar, cheio de rimas e música... ainda me lembro dele, mas vou me resguardar na desculpa de que quero publicá-lo em um possível livro.
Todo início de ano era a mesma coisa: mamãe comprava os livros e eu ia pra uma rede verde em meu quarto me deitava e lia todas as poesias dos livros de português... depois de ler eu inventava melodias para todas elas, e cantava horas a fio, balançando na rede verde, looonge... espero poder proporcionar viagem semelhante ao meu filhote. Assim me acostumei, me apaixonei por essa forma de escrita que continuo cultivando em minha vida. Coleciono cadernos e agendas desde a mesma idade, 10 anos, escrevia cartas e mais cartas, músicas, meus dias... tudo era grande o suficiente para virar um texto, para se imortalizar em uma página, duas, três... e assim até hoje. Mesmo com o advento tecnológico do blog continuo escrevendo em um caderno, às vezes retiro de meu caderno e coloco aqui, partilho com quem mais se interesse... alguns que acham interessante, e quase sempre recebo um comentário, um palpite, um convite, uma prosa... é delicioso. Até quando me deprime, até quando escrevo o piegas, quando fico aqui conversando aparentemente sozinha, mas que de todas as formas me alivia. Escrevo partilhando, escrevo imortalizando, escrevo para matar também. Escrevo sem vergonhas e escrevo com respeito. O essencial para a poesia é tê-la vivido, e respeitar os signos que utilizamos. Sem dúvida, dom e prática trazem perfeição.
Preciso de muito mais, eu sei, por isso falo tanto em ânsia de infinito e em estar preparada. Eu vivo a poesia acima de tudo, e nada melhor que a paixão em nossas vidas. Essa comoção amaldiçoada e essencial...

Au revoir!

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Toda lucidez será castigada

Existe uma tempestade não muito longe daqui. Vivo na iminência dela. O ar ao meu redor está sempre pesado e o sol não é uma opção. Muitos não entendem o que digo ou sinto, mas sei que há uma tempestade não muito longe daqui. Quando eu tinha 9 anos me senti tão perto desse temporal que parecia chover dentro de mim. Hoje sou muitas e todas ficamos tensas quando a tempestade se aproxima. É que ficamos com o corpo febril, o ar estranho nos torna densas. Os olhos ficam bem abertos, alta percepção, uma grande angular que captura as essências das imagens.
Há uma tempestade não muito longe daqui e ela sempre tem raios. Eu sei pois o céu pisca estranho quando ela se aproxima, sei do cheiro de ozônio, sei do medo de trovão. A tempestade me persegue mas nunca me alcançou na vida por isso é que ando quase sempre alterada Tenho medo da tempestade: ela pode me cegar, me d i s s o l v e r , me entregar...

sexta-feira, 19 de junho de 2009

domingo, 7 de junho de 2009

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Velarei teu sono como se hoje fosse o último dia deste mundo e teu desejo apenas sonhar...