Hoje estive assim aérea e imaginando que o tempo está sumindo, é entidade falida. Mas só imaginando. Porque a cada gole de cerveja, cada passo no sol, cada riso do meu filho adormecido eu sinto o tempo oxidar até a raiz dos meus cabelos. Eu sinto agora. Amém, que vou sucumbir ao tempo, mesmo sentindo saudades de mim no mundo não quero para sempre viver... eu que amo tanto e tão desesperadamente. Eu que escrevo o que me faz, e existo por isso, através disso. Tudo para existir. Não há remédio para nada, de nenhuma tarja ou posologia. Apenas viver.