sexta-feira, 14 de maio de 2010

Anotações pós pesadelo.

Aquelas figuras pareciam sonho e desapareciam com um toque dos dedos ansiosos e suados. Me abracei na medida dos meus olhos: gigantescos e tristonhos. Fui correndo em tua direção e nós nos batemos, violentamente. Violino. Prezo muito pelo som. Os passos foram consumidos por tremores amaldiçoados, dedos presos por costuras numa carne assombrada. Me solta! O ditado é mantido a cada nova respiração congestionada. Me olha... eu fico central, das atenções temidas e desesperos compartilhados. Me vomita! Pulei na tua boca na esperança de nunca mais ser sozinha. Isso soa mal. Morde minha boca, morde...

Um comentário:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Pungente, intenso, visceral...
Pesadelo; peso de ello...