Hoje estive assim aérea e imaginando que o tempo está sumindo, é entidade falida. Mas só imaginando. Porque a cada gole de cerveja, cada passo no sol, cada riso do meu filho adormecido eu sinto o tempo oxidar até a raiz dos meus cabelos. Eu sinto agora. Amém, que vou sucumbir ao tempo, mesmo sentindo saudades de mim no mundo não quero para sempre viver... eu que amo tanto e tão desesperadamente. Eu que escrevo o que me faz, e existo por isso, através disso. Tudo para existir. Não há remédio para nada, de nenhuma tarja ou posologia. Apenas viver.
terça-feira, 11 de maio de 2010
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2 comentários:
E persiste um cansaço, inda que da vida a que se ama... e perpetua-se uma sede... sede pelo novo... inda que o novo se oculte sob o véu do que chamamos morte...
Mais uma vez surpreendendo, Laís. Gostei meeessmo! ;)
Que belíssimo texto. Uma sensação do desapego e paixão que se unem. Uma percepção carregada do caráter transitório da vida e ao mesmo tempo uma elegia ao espaço dessa mesma vida. Devia ter ficado quieto e apenas dizer o que repito: belíssimo texto.
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