quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sem sombra de dúvida

Não há sombras quando não há dúvidas. As dúvidas são pétreas, sólidos monstros loucos. Moinhos em penhascos e todos residimos em suas sombras. Eles não nos tocam, só nos perseguem dia e noite, cobrem a luz do sol, o reflexo da lua e nos olham felinos, satisfeitos da assombração diária.
Certeza, certeza... só a morte.

Um comentário:

Renata Magalhães disse...

Uma mistura do sombrio com o nítido, explícito. Bonito texto, mas ao contrário do que disse, acredito que temos certezas em coisas que vão além da morte. Basta que tenhamos olhares atentos e sabedoria suficiente para enxergarmos as certezas da vida, que muitas vezes são construídas por nós mesmos. Beijo.