sábado, 28 de agosto de 2010

TRIMERA N° 4!

Já está nas bancas a Trimera n° 4!!


Chegamos à última edição da revista.

Agradecemos a todos que ajudaram, que atrapalharam, os que sequer souberam de sua passagem por aqui, os entusiastas, os sonhadores, os críticos, os devedores, os gênios incógnitos, os medíocres notórios, os artistas, os não-artistas e, por fim, os escritores, estes em menor número.

Sirvam-se das postas desta literatura rasgada onde derramamos nosso sangue e com borrifos e filetes tingimos essas últimas páginas.


Bon apetit!



Leia a Trimera on-line.

2 comentários:

George Dantas disse...

Li até os ossos e estou lambendo os dedos! Muito bom mesmo! Pena ser a ultima!
Parabéns!

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

SÔNIA

Em.Sônia habito, no.turno dela. Se dê.pressão, já clar[e]ando, e ao sol chama vá.dia. Em.si.Nero tudo que noites contigo são dias a.menos. Com.prazer-se [nos vícios] há mais. Sol.te és.cravo das noites, ó Lua. Com.tornes és.paços fugi.dia e com ele par.seria. Mas apelo apela pêlos cantos. Se o afeto afeta que e.feito és.calda e corpo inteiro. E és prova.ação com bis à cada noite. Que de su.surros gosta a.gosto: morde.iscar, pés.cá, mãos lá. A saber que não se pé.cá se faz-zêlo. E, com.torce.ida, ela volta tão.bem quanto. Ah.de.vinho o teu sabor. Quis sorver-te boca.e.aberta. Te acho.cola.atada e se.parar-nus não dá. Quer movimento e sempre. E por vingança à costa nua sangra-dor. Que é de se querer a praia toda és.tensão em ondas su.aves. Contra elas, nu, vão piro. Acre.dito que supere.este.mar que ela crê.ser, mas não é nada, e me afoga inda assim. Deste-me.ida, sempre em.volta em mistério. Minha arma.dura fez amoldar-se a si, enquanto falo te rever.ber[r]ou nas fibras mais íntimas. E eu que queria subli.mar-te. Mal.em.tens[o].eu.nado o mar bravio teu e com velas enfunadas – enfim todas. E se mando-ar me falta. Cipó der dê.mando-ti inda mais, fetiche meu. Porque tu és.passos cá.dentes com cheiros és.alados de ti. Mais cá.dentes finco [e com a.finco] até o que és.tem.nu.ar.te. E mesmo nua, diz.vendada para mim. Conheço-te às cegas. E não te toco a tez ouro senão no onírico. Ante.vejo-te o rosto, mas o corpo sorvido é servido em doses fartas sub-lunares. Trás.veste.idas noites de dias inteiros em que me em.si.nua em teus volteios e ciclos. E tornas e voltas sempre a querer mais me com.sumo-ir. E úm.ida volta duas, três e toda vez. E se parte.ida de todo não se vai, sempre deixa algo comigo. Nova noite, novo dia, novo ar. Menina-mulher-faceira-amada-amante, se cheia, nova, crescente ou minguante, que faz, se amanhã terá de novo?

Francisco de Sousa Vieira Filho

- minha homenagem ao último e visceral exemplar da revista Trimera -