terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sem título

Eu
fantoche do absurdo
cabeça vazia e peito cheio
sempre
em desacordo com o tempo
quase
ao alcance das constelações

No caminho não procuro
tabacaria alguma
tampouco finjo o que não pretendo

Palavras ecoam
e a melhor expressão
é a do silêncio
que mesmo verbo
não versa em nada

Não há flores neste asfalto
e a poesia em mim se cala

4 comentários:

Zorbba Igreja disse...

mas inda reverbera...lindo.

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

É mensagem intensa e ligeira
Às.falta à carta que endereça
Racha cimento, brota a.flor.á
Em cada linha, frente e verso

Anônimo disse...

Olá.

Vim conhecer seu espaço e me encantei com tão belas poesias. :)


Estou seguindo-te!
Beijos

Këóvs disse...

e esse silêncio é inspirador... gosto do sabor das tuas sutilezas.