terça-feira, 25 de janeiro de 2011

A verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade

Vim aqui dizer que tudo em mim é verdade. Que todas as sílabas que pronuncio, notas musicais que danço e filosofias que invento são de verdade. Vim aqui desnuda dos escudos habituais, mostrar minhas fraquezas na arena em que me propus: eu escrevo para tudo e todos, no mesmo desespero real e imutável da falta de objetivos tão humana.
Vim aqui dizer que tudo em mim é vivo e para mim isso é verdade. Vim aqui exibir o sangue quente, as letras repetitivas em estilo desfigurado. Vim aqui cheia de ossos e sonhos, aqui, bem aqui, para dizer que de verdade eu amo. Amo com tudo. E pra mim isso também é verdade. Vim lembrar que sinto tudo, que sinto muito mesmo esse sentir tudo, e que tudo isso também é verdade, mesmo que sem nome desse jeito. E todo esse tudo sem nome faz parte de mim, e mesmo que isso não seja definição esse isso tudo é verdade. E essa verdade me escapa entre os dedos quando eu choro.
E eu sou toda assim.
Eu sou de verdade.
Tudo de verdade. 

(E toda eu estou aqui, mesmo quando essa verdade não se torna poesia. Danem-se os mestres, hoje eu só quero escrever e vender ao preço de uma leitura.)

Um comentário:

George Dantas disse...

Nem sempre rimas são a melhor opção pra desnudar a alma em palavras! Isso é verdade!