sábado, 3 de novembro de 2012

Estudo n° 9


No ato de minha morte
perpetuem fora de meu peito
o coração já cansado
está rôto, tem um defeito
marcado
nunca fucionou direito.

Sempre vistoso rumo à prosa
este órgão, sem remorsos,
ainda há de viver poesia
Envergado de pena e agonia
acostumou-se a trabalhar em silêncio
viciado em lento lamento
condoía-se de café e cansaço

Foi o mais tímido fracasso
que colecionei em vida.


2 comentários:

Patrícia Rameiro disse...

ainda há de viver de poesia...

LM disse...

Isso foi lindo, para mim mais ainda, porque tenho um coração vaso vagal vagotônico que só faz bobagens! rs...