É nesse fosso de sexo
Que sempre se empurram os corpos
Que burlam a cor das rotinas
Que subjugam, sentidas, as vidas
O fosso
Que tem o cheiro secreto
Que molha, consome tão rápido
Que morde e rasga o profundo
(profano!)
O fosso
As flores comparam-se aos órgãos
Os dedos, os ossos, os olhos,
O grito, o gozo, a luz...
O fosso!
Vontade que nunca se esvai
(não há tempo)
Não há suor que valha
Não mate nunca essa sede!
Vem aqui, deita, descansa...
Coloca nos olhos os lábios,
Não reclame posse ou presença,
Que ainda o corpo se joga,
Se mata esvaindo no fosso,
Profundo e escuro de sexo.
Um comentário:
Absurdo!
\o/
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