quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Deixa pra lá...

Não quero falar de flores ou temperos.
Não quero negar a vida numa observação por escrito.
Não quero gritos nem rimas.
Nem me permito ao certo querer.
É tudo quanto penso um vidro embaçado,
uma pergunta que não sabe ao certo o que indaga.
É tudo quanto sinto uma alergia,
sem motivo claro,
uma textura sem sabor.
É tudo quanto quero uma quimera.
Repetição, alteração,
quimera eu.
Viver no desapique é desagravo.
Viver no alicerce da torre subjetiva.
Viver é desencontro,
talvez conquista: conquistar o que não sei se vou sonhar.
O que proclamam pós-moderno é pessimismo.
E o pessimista se ressalta realista.
E o bom leitor pula em cima da mesa e grita
que vai parar de ler tal poesia absurda.
Vai procurar um belo livro de auto-ajuda...

Laís Romero

Um comentário:

L-nise disse...

ai..
quimera eu...

ai!

quisera eu!