sexta-feira, 30 de abril de 2010

Eu sou um estranho navio
ausente de assim ter nascido
um ausente partido
coração entranhado no mar

Toco em todas as terras
em centímetros de perguntas
que lançadas, voltam
e, a indagar, passam o resto da vida

Sou um estranho navio
que, distante
se mostra em brilho
e, constante
se perde intenso em delírio

Um estranho e pesado
navio de guerra
por vezes jangada
e, no amor, um delicado cruzeiro

Um navio apenas
indefinido por ser impróprio
apaixonado pelo oceano
em que, naufragando
se refaz a cada instante

Um comentário:

Francisco de Sousa Vieira Filho disse...

Não per[fume] em pequeno frasco
Pequeno frasco em mar de perfume

Belíssimo!

;)