sábado, 4 de agosto de 2007

que merda

não consigo parir uma poesia.
estou suada
trabalho de parto lingüístico
trabalho de inquietude suprema
merda!
os sentidos se contorcem sob a pele
Absorvo tudo e doloridamente fico aqui, escrevendo esses advérbios inúteis que não traduzem nada.
nem a metafísica
nem os olhos
nem a cor
as cores
os traços
que merda
que merda
não consigo parir
para poesia não há fórceps!
ahhhhhhhh

Um comentário:

Ana Patrícia disse...

ééé´, fazer arte até do ócio, da dor, da falta ... é isso!!!!!!